A Escola

Campo Grande, MS, Brazil
Localização: Rua Rômulo Cappi, 262 - Jd. Itamaracá Telefone:(67)3387–4964/3387-0075
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Atividades Olimpíadas da Lingua Portuguesa

Revirando o baú de Tereza
Aiiii, nem sei como começar a falar da minha história, me sinto um bichinho acuado. Peço licença e muita paciência para falar da minha humilde vida.
Eu, Dona Tereza Berbete Campos, tenho cinquenta e três anos, moro em Campo Grande, no bairro Jardim Itamaracá, há vinte e três anos. Sou douradense, uma pequena cidade do Mato Grosso do Sul. Sinto muitas saudades e sonho em voltar para a minha terra natal, um lugar onde todos são solidários e onde tenho as companhias mais amorosas, minha família! Tenho ótimas lembranças de lá, especialmente de uma cidadezinha próxima a Dourados, Vila Vargas, onde meu esposo me laçou, numa animada festa de peão. Com ele tive minhas duas filhas, Yasmim, de 16 anos e Elisângela, de 31 anos, que me presenteou com quatro lindos netos. Vivemos em harmonia até hoje.
Fico triste por não ter tido oportunidade de concluir meus estudos, estudei apenas até a quarta série do ensino fundamental. Incentivo muito as minhas filhas para aproveitarem a oportunidade de estudar e garantir um futuro melhor. Gostaria muito que voltassem as aulas do período noturno da Escola Municipal Antonio José Paniago para que eu pudesse concluir meus estudos e, quem sabe um dia, ser Agrônoma, pois adoro mexer com a terra. Trabalho nesta escola há vinte anos como auxiliar de serviços gerais e adoro a minha profissão, pois além de conhecer amigos, adquiro uma boa renda para mim e para a minha família.
A escola onde trabalho localiza-se no bairro onde moro, o que facilita muito a minha vida. Quando vim morar aqui havia apenas cinco casas, muito mato e várias vacas soltas, me sentia muito solitária. Hoje muita coisa mudou e a solidão já não me incomoda tanto, muitas pessoas vieram morar aqui, além disso, há mercados, farmácias, escolas, ruas asfaltadas, distribuidoras de gás e várias lojas no nosso bairro. Apesar de muito bom, antigamente o bairro era assustadoramente violento, morria, no mínimo, um por semana. As pessoas não eram muito comunicativas e mal conversavam com seus vizinhos. Hoje a comunicação é mais frequente e as pessoas ajudam muito umas as outras. Mesmo assim, se tivesse a oportunidade de transferir meu cargo, voltaria voando para Dourados, onde, na minha imaginação, guardo o baú com as minhas melhores lembranças, e onde terei a oportunidade de viver inesquecíveis momentos de felicidade.
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Olá!

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